A experiência na vida
espiritual nos mostra que o costume de nos compararmos com os outros é um dos erros
mais funestos que se pode cometer. Fazendo-o, logo nascem a inveja, as feridas
do orgulho, as más ambições, e uma cascata de desejos perniciosos que, não
raro, darão entrada às tentações contra a virtude da pureza.
Ora, essa forma de comparação é
algo que nunca vi em Dª Lucilia, fosse em relação a ela, fosse em relação aos
filhos. A única ocasião em que ela se permitia de nos comparar com outros era
quando nos passava alguma repreensão. Se havia uma criança que procedia melhor
do que nós em determinado ponto, ela então a apontava como exemplo e dizia:
“Veja tal pessoa!”
Tratava-se, porém, de uma boa e
compreensível emulação na virtude, própria a nos educar. A não ser essa atitude
formativa, ela jamais se comparava, nem a nós, com ninguém.
Era uma disposição de espírito
em tudo coerente com a serena e invariável retidão de sua alma.
Plinio Correa de
Oliveira - Extraído de conferência em 13/6/1982
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