Cama de Dona Lucilia |
Tocado pela recordação do falecimento de Dona Lucilia (clique aqui para conhecer como foi sua morte),
assim manifestou-se Dr. Plinio:
Esta cena — do encontro com minha
mãe, que Deus acabava de chamar a Si —
foi a que mais me
emocionou na vida.
Imediatamente fui avisado para ir
ao quarto dela, contíguo ao meu, mas
quando cheguei, ela já não estava lá.
Não a alcancei! E senti a imensidade que nos separava.
Deus e Nossa Senhora nos uniam, e isto
bastava. No entanto... quando entrei no quarto e vi o corpo dela já sem vida, senti que
aquelas mãos, que tanto me haviam
abençoado e acariciado, não me acariciariam mais, aqueles lábios, que tantas
coisas me haviam ensinado, não me ensinariam
mais, aqueles lábios, enfim, que tanto
haviam orado por mim, não se moveriam
mais...
Senti então, naquele momento, passar-se
algo comigo que me sacudia de modo
profundo e por inteiro, como seu eu
fosse uma corda que arrebentasse, e algo, que era quase eu mesmo, separar-se
categórica e drasticamente de mim. Na
véspera, eu havia
passado o dia
inteiro junto de mamãe, no
quarto, não saindo, a bem dizer, para
nada. Eu sabia que ela estava prestes a morrer, e a razão de eu permanecer ali
era a consciência plena disso. Mas —
fato singular — o drama da morte só se
pôs, para mim, no instante em que ela expirou e senti a ausência do seu carinho... e então chorei copiosamente...
Plinio Correa de Oliveira - Extraído de conferência de 22/4/1993
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