Apresentaremos, a
partir deste post, comentários do próprio Dr. Plinio Corrêa de Oliveira às
variadas facetas da figura de sua extremosa mãe.
Mamãe sabia, como
poucos, entreter uma criança. Formada segundo padrões dos antigos tempos, ela
conhecia o meio de preservar a candura na alma dos pequenos, não porém mantendo-os
na infantilidade, mas
educando-os numa inocência
amadurecedora.
Como ela procedia?
Falava às
crianças sobre a
maneira de os adultos conduzirem sua
existência, suas inclinações, as lutas,
os dramas que enfrentavam, etc.,
apresentando tudo com
uma tão alta
elevação de horizontes,
com tanto ideal e tanta seriedade,
que incutia no espírito da criança
os necessários elementos para que
ela maturasse.
Eu mesmo, filho dela,
sentia bem como esse modo de proceder
era o que deveria ser adotado, e
desfrutava um entretenimento único nos fatos e histórias descritos por mamãe, porque tudo — até os contos de fada que nos
narrava — era orientado na direção do
nosso amadurecimento. Acontecia-me de vez ou outra escapar dos brinquedos com
minha irmã e meus primos e ir procurá-la pela casa, a fim de pedir que me
desfiasse um de seus contos. Ela ficava
muito comprazida com minha solicitação, e eu, super-comprazido com seu acolhimento.
Cumpre dizer que essa
forma de nos educar me preparou para o
choque inevitável que um menino, saído de seu ambiente familiar — sobretudo se
católico e semeado de valores morais como era o meu —, teria com o mundo. Eu
caminhava para esse confronto com os olhos postos naqueles ideais que mamãe
soubera nutrir em minha alma, e para os
quais eu deveria tender.
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