segunda-feira, 15 de abril de 2013

Emulação na virtude para formar os filhos

Acredito ser oportuno ponderar que uma das atitudes que mais aflige o homem é a inveja. E esta nasce das comparações.
A experiência na vida espiritual nos mostra que o costume de nos compararmos com os outros é um dos erros mais funestos que se pode cometer. Fazendo-o, logo nascem a inveja, as feridas do orgulho, as más ambições, e uma cascata de desejos perniciosos que, não raro, darão entrada às tentações contra a virtude da pureza.
Ora, essa forma de comparação é algo que nunca vi em Dª Lucilia, fosse em relação a ela, fosse em relação aos filhos. A única ocasião em que ela se permitia de nos comparar com outros era quando nos passava alguma repreensão. Se havia uma criança que procedia melhor do que nós em determinado ponto, ela então a apontava como exemplo e dizia: “Veja tal pessoa!”
Tratava-se, porém, de uma boa e compreensível emulação na virtude, própria a nos educar. A não ser essa atitude formativa, ela jamais se comparava, nem a nós, com ninguém.
Era uma disposição de espírito em tudo coerente com a serena e invariável retidão de sua alma.
Plinio Correa de Oliveira - Extraído de conferência em 13/6/1982

Nenhum comentário:

Postar um comentário