quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Profundo senso do dever doméstico

Continuação do post anterior
No âmbito da vida de família, Dª Lucilia considerava seu dever proporcionar bem- estar, alegria e elevação de alma ao ambiente para seu marido, e formar os filhos de maneira a serem perfeitos católicos e cumprirem sua missão nesta terra. Para isto, devia marcar o lar doméstico com uma afabilidade e um afeto pelos quais ele se tornasse atraente, e fosse um meio de disputar a influência aos antros de perdição. Além disso, habituar os filhos que tivessem tomado essa tradição, a formar depois as respectivas proles na mesma escola, perpetuando tais costumes ao longo das gerações, porque assim se devia viver.
Ela era recolhida, tranquila, forte e meiga em todas as circunstâncias da vida. Estas podiam mudar, e ela mantinha sempre idêntico estado de espírito, por trás do qual palpitava seu entranhado senso do dever.
Profundamente católica, Dª Lucilia não entendia que a finalidade do homem neste mundo fosse conquistar honras, prazeres, glórias e dinheiro, para se deleitar o mais possível e depois estourar de morto. Havia, sem dúvida, satisfações e tristezas no existir humano. Devia-se, até, tirar partido dos prazeres lícitos para suportar as tristezas. Para ela, porém, a vida era antes de tudo um dever a cumprir, em ordem a formar a própria alma segundo os desígnios de Deus. Ou seja, com vistas à santificação e à salvação eterna.

Dever que ela procurou realizar, de forma exímia, em sua condição de esposa modelar e de extremosa mãe.
Continua

Nenhum comentário:

Postar um comentário