Eu me lembro, como todo
menino, eu fiquei meio abrutalhado, e os meus agrados para ela eram torrenciais,
mas abrutalhados. E eu para agradá-la,
batia no braço dela, etc.
Certa feita, no decurso
de um almoço em casa de minha avó Dona Gabriela, um participante notou que Dona
Lucilia tinha no braço esquerdo uma pequena mancha roxa, fruto evidente de
contusão, mal disfarçada por uma pulseira de marfim com incrustação de bronze.
Ao lhe perguntarem a causa do inusitado sinal, Dona Lucilia com doçura
respondeu: — Foi um agrado do Plinio. Todos deram uma gargalhada, e ela também
riu. Alguém lhe indagou então por que permitia da parte do filho tão truculenta
prova de carinho. Ela manteve-se séria, séria sem azedume, mas séria. Depois,
no fim da refeição, ela respondeu: — Recusar agrado de filho meu, nunca me
acontecerá na vida. Desde que não seja o mal, Plinio pode fazer o que quiser.
Compreende-se que uma
criança toma isso no coração.
Plinio Corrêa de
Oliveira - 21/04/1990
Texto
adaptado
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