sábado, 16 de agosto de 2014

Emulação na virtude para formar os filhos

Seria oportuno ponderar que uma das atitudes que mais aflige o homem é a  inveja.  E  esta  nasce  das  comparações. A experiência na vida espiritual nos mostra que o costume de nos  compararmos  com  os  outros  é  um  dos erros mais funestos que se pode  cometer. Fazendo-o, logo nascem a  inveja, as feridas do orgulho, as más  ambições, e uma cascata de desejos  perniciosos que, não raro, darão entrada às tentações contra a virtude  da pureza.
Ora, essa forma de comparação  é algo que nunca vi em DªLucilia,  fosse em relação a ela, fosse em relação  aos  filhos.  A única ocasião em que ela se permitia de nos comparar com outros era quando nos passava alguma  repreensão.  Se havia uma criança que procedia melhor do que nós em determinado ponto, ela então a apontava como exemplo e  dizia: “Veja tal pessoa!”
Tratava-se, porém,  de uma  boa  e  compreensível  emulação  na  virtude, própria a nos educar. A não  ser  essa  atitude  formativa,  ela  jamais se comparava, nem a nós, com  ninguém. Era  uma  disposição  de  espírito em tudo coerente com a serena  e invariável retidão de sua alma.
Plinio Correa de Oliveira – Extraído de conferência em 13/6/1982


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