Dona Lucilia ensinava
como prolongar a inocência dentro da maturidade, fazendo seus filhos
compreenderem como a inocência não é apenas um estado de espírito de uma criança, mas um programa de vida que, em última análise, leva o homem a cumprir o
primeiro mandamento da Lei de Deus.
Fantasias de Carnaval que estimulavam a inocência

Lembro-me de certo
ano em que ela, nas suas delicadas
concepções, planejou para mim uma
fantasia de marajá. Ignorando
as características do personagem
que eu iria adotar, logo quis saber do que se tratava, e mamãe então me descreveu as belezas da Índia,
com seus lindos palácios, suas riquezas e mistérios.

O resto
da roupa era
igualmente de seda, guarnecida de jóias falsas, anéis,
colares, etc. Os
sapatos, com as pontas voltadas
para cima e revestidos de cetim lilás,
pareceram-me particularmente graciosos,
pois achei muito feliz a ideia de
calçados que se
erguiam da vulgaridade
do chão, como se o seu usuário
dissesse: “Eu toco no solo, mas o melhor
de mim mesmo se faz alheio à poeira. Por isso viro a ponta para cima.”
Assim como com as
fantasias de outros Carnavais, essa do
marajá era preparada no
clima criado por
Dª Lucilia, falando-me
com seriedade acerca do personagem que eu iria representar,
e imaginando uma vestimenta que, conforme os padrões e as posses dela, deveria ficar seriamente bonita.
Quer dizer, com inocência e seriedade,
ela tinha empenho em que eu me apresentasse bem.
(Plinio
Correa de Oliveira – Extraído de
conferência em 12/6/1982)
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